Fui secretário executivo de Alvo da Mocidade durante os anos de 1976 até julho de 2023, e que jornada incrível foi essa!  

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Eu comecei a frequentar as reuniões de Alvo em 1967 e a razão principal para  ir, pela primeira vez,  foi que naquela tarde  não tinha nada para fazer. Não jogaria futebol, não tinha nenhum compromisso, quando, arrastado por um amigo,  lá chegando, encontrei um gringo, que quase não falava português, mas que era bastante amigável e simpático.

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Foi um impacto bastante grande, pois eu não queria participar.

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Aquela reunião foi muito diferente de todas as reuniões que eu conhecia ou tinha ido participar, não tinha bebida, havia um ambiente de descontração e esse americano deixava as pessoas à vontade, arrumava jogos para nós participarmos. 

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Depois de um certo tempo onde diversas pessoas participaram  das brincadeiras, o Haroldo Merwald, o gringo, convidou a todos para sentarmos no chão e cantamos algumas músicas. Todas eram de igreja, e eu, que tinha bastante preconceitos com aqueles hinos como "Gloria Aleluia", mas senti bem, devido a

maneira informal com que elas foram cantadas.

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Na realidade, eu só voltei para outras reuniões por causa do ambiente. Lá eu era tratado como pessoa, e sentia muito amor. Sendo assim, na próxima semana lá estava eu novamente com aquele americano.

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Ao mesmo tempo que eu participava das reuniões o Haroldo começava a ir à minha casa, convidando-me para sair, cada dia com uma finalidade diferente e um motivo distinto para ficarmos juntos.

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Eu andava com o Haroldo, participava das reuniões, e ouvia diversas palestras a respeito de Jesus Cristo, mas não aceitava a Jesus Cristo como o meu Salvador. E assim passaram dois anos e meio, e até que um belo dia o Haroldo convidou-me para participar de um acampamento que Alvo da Mocidade tinha acabado de construir na cidade de Paulínia. Era o primeiro acampamento de Alvo, no Brasil.

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O palestrante nesse acampamento foi o Harry Mac Donald, o fundador de Alvo da Mocidade, e o tema da palestra naquela semana foi “A Sua Verdadeira Identidade”.  O assunto era que Jesus queria restaurar a minha identidade.

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Na última noite ele falou que para ter a minha identidade restaurada, era somente através de Jesus. Para isso, eu precisava aceitar a Jesus, e após aquela palestra, eu estava derrubado.

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Lembro bem, o Haroldo veio falar comigo, e perguntou: — Você quer ter a sua identidade restaurada?

— Eu respondi: Claro que eu quero. E ele falou: — Então você tem que aceitar a Jesus. O que você tem contra a Jesus? E eu respondi: — Nada — Então porque não o aceita agora mesmo como Senhor e  Salvador da sua vida?

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E naquela mesma noite, ao lado do Haroldo eu aceitei Jesus como Salvador e Senhor da minha vida.

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Foi uma experiência incrível, creio que passei boa parte da noite sentindo uma emoção e uma alegria indescritível.

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No dia seguinte lá estava eu conversando com o meu amigo Haroldo Merwald  e ouvindo que era muito importante eu conhecer melhor aquele que tinha morrido por mim. Ele me disse que eu deveria começar a participar de estudos na bíblicos, e foi o que aconteceu. E estudei as escrituras com ele durante cinco anos. 

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Quando eu assumi como secretário Geral, em 1976, realizei a construção do refeitório, atual sala de reunião, lá no acampamento Furnas e em 1978 os dois primeiros dormitórios.  Assumi totalmente o acampamento de Furnas em 1998, e nesse período construímos refeitório, piscina, quatro dormitórios, casa de hóspedes, ginásio de esportes, sem nenhum custo para as cidades.   

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Projetos que que contei com o apoio de alguns amigos e assim levantamos todos os recursos financeiros. Recebi ainda as doações de uma Sprinter, e uma Fiorino e uma lancha com um motor Evinrude. 

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Tudo isso foi realizado através e debaixo do controle de Deus e para a honra e gloria de Deus. 

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Além de tudo isso, também foi realizado na Fazenda Salto o projeto da plantação dos eucaliptos, por volta de 80 hectares, que foi realizado através de inúmeros parceiros.

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Trabalhei muito para ajudar a Alvo da Mocidade a crescer. E durante esse tempo Alvo da Mocidade cresceu de três cidades para quatorze cidades.

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Foi em Alvo da Mocidade  que eu conheci a Marisa, em primeiro lugar como a minha primeira amiga, que se tornou após alguns anos como minha namorada, e depois esposa, amiga, ajudadora e mãe

dos nossos filhos, Diogo e Gabriel e avó dos nossos netos, Laura, Alice, Mateus e Rafaela.