Momentos de Reflexões
- Iberê Meirelles
- 27 de nov.
- 3 min de leitura

Ao observar Maria e José nos presépios, geralmente imagino que o primeiro Natal foi marcado por serenidade e paz. No entanto, raramente refletimos sobre os verdadeiros acontecimentos que antecederam o nascimento de Jesus.
Compreende-se que José e Maria enfrentavam uma situação de grande estresse. Maria estava grávida antes de manter qualquer relação íntima com José, o que ela teria comunicado a ele. No entanto, permanece a dúvida se terceiros tiveram conhecimento dessa gravidez.
É evidente que não sabemos a resposta para essa e outras questões. Suponho, porém, que Maria possa ter dito algo como: “José, um anjo apareceu para mim e agora estou grávida. O bebê será o Filho de Deus. Nós dois vamos criá-lo juntos.” Ao que parece, José não acreditou na explicação de Maria e decidiu deixá-la discretamente.
Além disso, eles eram originários da Galiléia uma região rural que provavelmente possuía normas mais rígidas em relação à sexualidade e à obediência às leis do Velho Testamento do que outras áreas do país.
O que se passava entre eles? Talvez José tenha dito algo como: “Maria, você espera mesmo que eu acredite nessa história do anjo?” Imagine o quanto Maria sofreu ao entender a decisão tomada por José.
Então, José é visitado por um anjo que o comunica: “José não temas receber Maria, tua mulher, porque o que foi gerado nela é do Espírito Santo.” Ele então conversa com Maria: “Você sabe, eu tive dúvidas sobre essa gravidez, mas agora eu entendo que devemos nos casar”. Assim eles viajam juntos até Belém para um recenseamento. Maria está grávida e prestes a dar à luz a qualquer momento.
Esse tipo de viagem já é complicado hoje em dia, imagine naquela época, quando as estradas eram péssimas e a jornada devia ser realmente exaustiva. Ao chegarem finalmente a Belém, não encontraram lugar para ficar, então Maria acabou dando à luz a Jesus em um estábulo. Você consegue pensar em todas as dificuldades que eles tiveram para que esse parto fosse realizado?
Depois do nascimento de Jesus, Herodes decide que não quer que haja outro rei no mundo. Ele queria ser o único. Para isso, ele decidiu ordenar o assassinato de todas as crianças de dois anos para baixo em toda a região de Belém, onde Maria e José viveram. O rei estava tentando matar o Filho de Deus a quem eles deveriam proteger.
Eles precisaram fugir e viver no Egito, que a propósito, é o país de onde os israelitas haviam fugido da escravidão.
Assim eles passaram a viver em um lugar estrangeiro onde talvez as pessoas não os quisessem por perto. Como eles sobreviveram?
Pense na cena da manjedoura e todos o cenário ao redor do estábulo. Lembre de todas as dificuldades que eles viveram e na confiança absoluta que eles sempre tiveram em Deus.
Em Isaías 49:15-16 está escrito uma promessa de Deus para todos nós: “Pode uma mulher esquecer sua criança que mama, que não teria compaixão do filho de seu útero? Sim, elas podem esquecer, contudo, eu não esquecerei de ti. Eis que, eu tenho gravado nas palmas de minhas mãos; teus muros estão continuamente diante de mim”.
Sempre que você olhar para a palma da sua mão, lembre-se de que o seu nome está gravado na palma da mão de Deus.
No Natal e sempre, é importante recordar que nunca somos esquecidos por Deus, pois Ele já gravou o nosso nome nas palmas das suas mãos.



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